19 de junho de 2004

Pregão


do ardor da carne
emerge a palavra

na ebulição do sangue
sublimada

disputando o vento
corre o horizonte

sorvendo o ar frio
na praia serena

reclina-se um pouco
sobre o areal

tomando alento
no beijo da espuma

e ao sol do crepúsculo
ateia o poema

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