
Foto: Carlos Fernandes
O calor de Junho debruça-se sobre os telhados, entranhando-se até nas mais acanhadas vielas. Em penumbra se emudecem as casas fechadas: tenta-se em vão conservar a frescura entre as grossas paredes. A quietude é apenas quebrada pelo zumbir dos insectos e pelo eco das horas na torre sineira. Nem o sussurro das rezas, nem o ladrar dos cães… A aldeia deixa-se mergulhar na modorra e dormita um sono breve.
No torpor da sesta -
O sol açoita os telhados
Das casas fechadas.
Só o zumbido das horas
Quebra o sossego da tarde.
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