26 de setembro de 2005

O Verão corre ligeiro

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(Foto de Carlos Fernandes)

O Verão corre ligeiro por planícies e encostas. Detém-se, por momentos, madurando as searas e os pomares, salpicando de amarelo e rubro os verdes primaveris.
Deixa-se embalar pela ladainha da brisa nas árvores e pelo queixume dos riachos e das fontes à míngua de água. Preguiça um pouco à sombra das oliveiras, observando o voo errático dos insectos. Mas não tem tempo para a sesta, porque logo se lança de novo em corrida, gritando:
- Até para o ano! Até para o ano!

pernas ao caminho
que o Verão não espera
- já lá vai à curva

e o tempo é uma corrida
em que não há vencedor

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