22 de outubro de 2005

aberta a crisálida

caneta.jpg

aberta a crisálida
matinal
a palavra declina o voo

o corpo translúcido
firmado
na solidez da página

que do esforço das asas
sobeja tão só
o lampejo de um clarão

mas basta um sussurro e
[na combustão do poema]
inicia-se a metamorfose
da ave primordial

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