4 de junho de 2006

Filho do vento

caval1.jpg
[Foto: Carlos Fernandes]

Sou filho do vento e trago o fogo no peito. Se aqui me vês de freio na boca, ajaezado e submisso, nada te diz do tempo que passo calcorreando montes e prados, saltando valas e silvados, as crinas ao sabor da brisa. Por breves instantes, te pareço o que não sou. Mas o meu verdadeiro ser não tem peias nem amarras e o meu secreto nome é apenas conhecido por quantos amam a liberdade.

de crinas ao vento -
sob as patas do cavalo
a terra estremece

um clamor de liberdade
ecoando na planície

1 comentário: