3 de setembro de 2006

Mimese

mimese.jpg
FOTO: Carlos Fernandes

O escultor traz nas mãos o frémito de uma ideia. E o barro dócil cede à pressão dos dedos, às carícias da fantasia. Da massa inerte emergem as formas de um corpo mítico, como um poema feito substância. Recria-se o mundo num gesto sereno. Celebra-se, na mimese, o acto da Criação.

cede o barro dúctil -
a força de uma ideia
vertendo das mãos

assim brotam as palavras
da matéria do poema

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