29 de maio de 2004

O espelho da eternidade


(Foto de Carlos Fernandes)

À sombra de um frondoso pinheiro, imóvel sobre a colina, o busto de bronze observa a paisagem polvilhada pela brancura das casas. Na esteira desse olhar, o íntimo declive dos montes abraça um horizonte sem nuvens. E o espelho quieto das águas reflecte o azul intemporal dos céus. Como se a eternidade fosse agora.

O busto contempla
- olhar cavado no bronze -
o vale soalheiro.

Nas águas quietas do tanque
o tempo adormeceu.

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