creio na arte da caminhada
no poder das pernas e dos pés
que se recusam a parar
sulcando a erva densa da savana
enfrentando a aridez silenciosa do deserto
trilhando os carreiros pedregosos da montanha
riscando a superfície gelada dos glaciares
deixando marcas ténues mas indeléveis
na poeira dos caminhos
creio no mistério da caminhada
onde finalmente se desvenda a origem da fala
creio na urgência da viagem
pelo ignoto mundo das palavras
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