Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
11 de outubro de 2005
é quando
é quando os estames
assomam
por entre a turfa
e trazem à luz
o vigor da seiva
é quando a maresia
espreita
o declínio da tarde
e simula o voo
opalino das garças
é quando esse ser
antigo
esboça um rito mortal
e o nevoeiro se ensopa
de vozes férteis
é quando as palavras
(sempre as palavras)
se recusam
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