Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
6 de maio de 2006
de mão em mão
FOTO: Carlos Fernandes
Depois do sacrifício da fé, sagrado e profano misturam-se na alegria da festa. Leiloam-se em louvor da santa os bolos da tradição e a intenção devota sacraliza o vil dinheiro. Passam de mão em mão os sabores da romaria, neste tempo de rogos e promessas. São os alimentos rituais a sustentar simbolicamente os anseios de um futuro promissor e a garantir a ordem deste mundo conturbado.
como uma prece -
os bolos da romaria
vão de mão em mão
há um cheiro de erva-doce
perfumando o arraial
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