Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
31 de março de 2007
bandeira hasteada
FOTO: Carlos Fernandes
No alto da sua esguia forma, a velha palmeira solitária rivaliza com os mastros vazios da modernidade. Agita mansamente as suas folhas roçagantes como uma bandeira sempre hasteada, oscilando ao sabor da brisa. Espectadora do frémito que anima as gentes que flúem a seus pés, reivindica um lugar na memória da urbe. Tantas casas que já viu erguer e derrubar para de novo levantar... e tantas vidas…
bandeira hasteada
sobre os telhados da urbe
ao sabor da brisa
- na palmeira ancestral
vive a memória das casas
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