Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
1 de junho de 2008
o portal das estações
FOTO: Carlos Fernandes
Há um portal aberto nas estações, abraçado pela vegetação, envolto por ora na carícia dos perfumes, sob a terna moldura das nuvens. Para lá da ombreira, verdejam as fímbrias do carreiro ainda não sujeito à inclemência do asfalto. A água das chuvas mistura-se com a terra, nesse amplexo fértil que é a origem de todas as coisas - vicissitude serôdia de uma primavera húmida e instável. Mas ele aí está, trazendo o ímpeto cálido do suão. Ele aí está, à espera para entrar, com o firme propósito de amadurecer aquilo que a Primavera gerou. Ele aí está, não tarda nada, o Verão.
por este portal
vai sair a Primavera
e entrar o Verão
avermelhando a fruta
amadurando o pão
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