31 de outubro de 2010

Além do chinelo

FOTO: Carlos Fernandes

Reza o ditame popular que «não vá o sapateiro além do chinelo», como quem diz que devemos equacionar sempre as nossas aptidões e capacidades e ajuizar até onde podemos ir na nossa ousadia. É um alerta para o risco que corremos quando nos atrevemos em determinadas proezas ou nos abalançamos em empresas para as quais não estamos habilitados. Mas, por outro lado, se não corrermos alguns riscos, nunca nos ultrapassaremos a nós próprios, nem sairemos, como também o povo diz, «da cepa torta». Não esqueçamos que foi em tremendo risco, sem saber nada do caminho, que os audazes marinheiros de antanho, alguns deles remendões, chegaram às Índias [e aos Brasis]…

O esto do sol
Acalenta nos chinelos
Uma leve carícia

Para uns pés magoados
Pelas vielas da vida

1 comentário:

  1. Concordo,Carlos. Sem correr alguns riscos deixamos de viver e passamos para o não-viver, este pior do que a morte.
    Só faria um adendo: os audazes marinheiros chegaram às Índias... e ao Brasil - disso sou consequência direta.
    Um beijo de cá pra você.

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