3 de dezembro de 2011

Na varanda do mar

 FOTO: Carlos Fernandes

Na varanda do mar, não há passado nem futuro. Visto da falésia, o horizonte é um traço indefinido, difuso pelas brumas da distância. Lá em baixo, moldando pacientemente as fragas, o labor das ondas sussurra uma ignota melodia. Serão talvez as vozes ininteligíveis dos marinheiros de antanho erguendo-se num cântico ou numa prece. Repetindo sem cessar que o que vale é a viagem, não a partida nem a chegada - que o passado e o futuro não importaram nunca, apenas o breve momento em que se recebe e se devolve o ar que respiramos.

qual pluma errante
conduzida pelo vento

- leve como o ar
que respiras neste instante

saboreia o momento

3 comentários:

  1. Z przyjemnością bym na tym balkonie posiedziała i pooglądała te cudowne widoki. Kocham morze. Pozdrawiam
    Com prazer eu me sentei na varanda e estas pooglądała vistas maravilhosas. Eu amo o mar. sua

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  2. Aqui percebo claramente a definição que você mesmo faz de seu espaço: as influências da tradição poética oriental e sua cultura portuguesa, com certeza.
    Belíssima postagem!

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  3. Quando venho aqui tento apreender o ZEN com os seus haicais.

    Linda composição (foto e versos)que trazem os marinheiros de antanho sussurrando ao vento. Me imagino sentada no degrau olhando o vai-e-vem das ondas ali distante e tudo ao redor.

    FELIZ ANO NOVO

    Um abraço

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