FOTO: Carlos Fernandes
Se às pessoas sem casa se chama «sem-abrigo», o que chamaremos às casas sem pessoas? Certo é que o abandono as corrói e arruína, tal como a fome, o frio e a doença fazem aos desabrigados. E como destroços se esboroam umas e outros pelas ruas da cidade velha, à míngua de calor, à míngua de amor…
mantêm-se as pedras
na teimosia da casa
- ainda paredes
mas o tempo e o desamparo
acabarão por vencê-las
Adoro essa poética que só você sabe descrever
ResponderEliminarTexto e tanka.
Jóia preciosa.
Um bom início de semana.
Um grande abraço.
Intuo-as como casas sem-Seres
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