frágil é a mortalha
em que se oculta o silêncio
e uma trupe sussurrante
dilacera
o negro útero da noite -
o frémito das plantas
nos dedos da brisa
a febre ruminante
dos insectos
todos os inquietos rumores
da madeira e da pedra
- alheios à ternura
abandonam-se os corpos
ao estertor dos sonhos
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