Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
31 de outubro de 2004
(Foto de Carlos Fernandes)
As cantigas da passarada são por momentos abafadas por um outro chilrear mais estridente e vivo: o das crianças em volta de uma nova brincadeira. Correm e saltam. Agora desenham e pintam. Na longa tira de papel, uma sucessão de signos coloridos relata a alegria destes pardais sem asas. Embalados por um sonho sem limites, os seus olhos ingénuos esvoaçam no traço meticuloso do pincel. Brincam. E brincando projectam o futuro.
brincam os gaiatos
como pardais saltitando
de ramo em ramo
desenham um novo mundo
embalados pelo sonho
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