FOTO: Carlos Fernandes
Há portas que nunca se abriram, outras que se fecharam para sempre a cadeado, e outras que, estando abertas, não passa por elas a mais fina aragem. Há corpos amedrontados que nunca floriram. Há olhares que nunca se acenderam no clarão de uma ideia. Há rumores de vozes tolhidas no bafio dos gabinetes. Há memórias cruéis e rancores que o tempo não apaga. Há gritos e lamentos perdidos na noite. E há uma convicção perversa e granítica no absurdo da tentação totalitária. Mas…
não há ferrolho
nem aldraba que embargue
o pensamento
nem se cala a voz da esperança
no assobio do vento
não há ferrolho
nem aldraba que embargue
o pensamento
nem se cala a voz da esperança
no assobio do vento
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