2 de maio de 2010

Teatro de sombras
















FOTO: Carlos Fernandes

É aquela hora em que a luz declina por detrás das espessas cortinas do anoitecer e a penumbra difusa do fim de tarde ganha um matiz quase espectral. A hora em que os seres e os objectos se despedem, por momentos, da sua física substância e, meras silhuetas, tomam lugar num antigo teatro de sombras onde tudo é impreciso e vago. Embalados pelo leve alvoroço da brisa, trazem à cena a mais trágica das histórias…

Já caiu a tarde –
Breve teatro de sombras
Onde a luz fenece

À míngua de claridade
A voz da musa emudece

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