Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
4 de abril de 2010
As águas da emoção
FOTO: Carlos Fernandes
Afluem abruptamente, qual tempestade de Inverno que chega sem avisar. Tudo arrasam à sua passagem, deixando o corpo alagado, submerso em mágoa. Gorgolejam no peito até ao limite da dor. Depois escoam-se, em vagas, como a enxurrada de um rio tumultuoso. Só então, despojado pela torrente, se queda o corpo, no torpor da apatia.
E não obstante, no vazio da resignação, arde uma saudade que nunca se apaga.
Até quando podem
as duras mágoas do Inverno
ensombrar o dia?
Que secreta Primavera
florirá neste vazio?
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Decerto uma Primavera bela como o poema.
ResponderEliminarUm beijo daqui.
É a terceira vez que visito seu sítio, que vou explorando aos poucos, entre curiosa e encantada...
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