Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
1 de maio de 2011
Tecelagem
FOTO: Carlos Fernandes
Entrelaçam-se as palavras no tear da língua: armada a trama dos signos, urdem-se os significados numa tessitura consistente. O padrão varia conforme a tonalidade e a consistência do fio da vida, dobado na cadência das horas e dos dias. O labor é contínuo e persistente, refinando o burel da fala, perseguindo uma intangível clarividência, um universal entendimento. Desde a alvorada ao ocaso do Homem.
de linho ou de lã
tece no tear o pano
– canta a tecelã
a sua voz elabora
o tecido das palavras
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Ofício inglório e impossível esse, não é Carlos? Trazer à superfície da compreensão humana aquilo que nos vai por dentro: a nossa verdade e o fugidio sentimento...
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