Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
28 de maio de 2011
Tragicomédia
FOTO: Carlos Fernandes
Há quem diga que a vida é um imenso palco onde acumulamos as funções de dramaturgo, encenador, actor e espectador. Sob as máscaras que, conforme as circunstâncias, vamos colocando, nem o riso é duradouro, nem a dor definitiva. Tudo depende do ânimo do momento. Num piscar de olhos, passa-se da comédia ao drama e deste à tragédia. E o contrário também é verdade, pois quantas vezes os incidentes agora considerados dramáticos, ou até trágicos, se tornam, com o tempo, assunto risível para quem os viveu.
o riso da máscara
traduz, num esgar de pedra,
a essência da vida:
- dão as mãos no mesmo palco
a tragédia e a comédia.
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