2 de abril de 2012

As tábuas do cais

FOTO: Carlos Fernandes

Poderiam ser as tábuas de um cais, ligando as margens de um rio sereno ou acolhendo viajantes de diferentes continentes. Poderiam ser as tábuas do varandim do palácio onde as mãos da filha do comandante da Nau Catrineta tecem reinos imaginários no bastidor de linho. Poderiam ser até as tábuas da própria Nau Catrineta, animadas pela promessa do retorno a casa, da qual só resta a vaga memória de um odor a pão acabado de cozer…

A brisa da manhã
Desvenda o horizonte
Para lá da espuma.

É um navio que chega
Ou uma ilusão da bruma?

5 comentários:

  1. Muito bons escritos, prezado Carlos!Parabéns!

    Um ótimo início de semana!

    Muita paz!

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  2. Que lindo.Vale passar aqui! abraços, ótima semana!chica

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  3. Não me contive com este tear feito texto e tanka sempre tecendo poesias.

    À deriva no mar
    O navio Santo António
    Foi em Lisboa aportar

    Saqueado que foi,sobreviveu á fome?
    Tem história prá contar.

    Um abraço.

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  4. Interessante demais como você consegue estabelecer elos de significado entre a foto, o texto em prosa e o poema. Uma autêntica viagem ao fluxo dos sentidos, da imaginação, da fantasia, do onírico... E uma verdadeira aula do fazer poético. Lindo, Carlos! Parabéns!

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