Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
20 de outubro de 2003
À ginja
Sangue ou seiva -
Que líquido enrubescido
Encheu o meu copo?
Pérola ou rubi -
No fundo do copo brilha
O fruto da ginja.
Reflexo carmim -
Corre o licor na garganta,
Aquecendo a alma.
Poeta ou saltimbanco,
O palhaço enche-nos de luz,
Qual anjo sem asas.
Inspirado numa estrofe do poema «A língua em acordo
com a língua», de José Gil e na frase de Frederico Fellini:
«Fazer rir é uma missão extraordinária, é como a santidade.»
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário