Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
16 de outubro de 2003
Primeiras chuvas
Uma cortina líquida
Esbate o horizonte –
As primeiras chuvas.
Refúgio efémero –
Pardais abrigados
No beiral em ruínas.
A valada de água
Torna-se regato –
Breve ilusão.
Choro de saudade -
As gotas de chuva
Escorrem no cipreste.
Que odor se exala
Do abraço da chuva?
A terra molhada.
Rebanho submisso -
A brisa leva consigo
As nuvens da tempestade.
Sorri o horizonte –
Um raio de sol
Torna-se arco-íris.
Carlos A. Silva
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