há um desassossego de alma
no clamor do vento
que reverbera
a grossa barreira das paredes
e faz estremecer a casa
uma fúria incontida
que desconjunta
o corpo flexível das árvores
e torna rastejantes
as ervas dos caminhos
como se
as vísceras da mãe terra
se amotinassem
num inconformado adeus
ao calor estival
lindíssimo. "há um desassossego de alma" no ventre do amanhã.
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