Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
30 de junho de 2005
memória do estio
Les Glaneuses - Jean-François Millet
a meda de feno
é um grito de sombra
no ermo dorido
onde repousa a tarde
o corpo ressequido
14 de junho de 2005
13 de junho de 2005
quando a voz
(a Eugénio de Andrade)
quando a voz se desenlaça
quando o oiro das palavras
se conjuga em verde e pão
não há morte nem devassa
é só a brisa que passa
e colhe uma rosa em botão
12 de junho de 2005
10 de junho de 2005
5 de junho de 2005
são como madeixas
são como madeixas
ao vento
algas soltas
no vai e vem da maré
as palavras sem destino
vogando
à revelia do poema
ao vento
algas soltas
no vai e vem da maré
as palavras sem destino
vogando
à revelia do poema
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