4 de abril de 2004

à margem do tempo
no esconso do alfarrabista
adormece o velho livro
de poemas
sob a camada de pó

abriga entre as páginas
amareladas
vestígios de pétalas
e uma dedicatória de amor
em letra comovida

aguarda o calor das mãos
e o som da voz
que numa tarde de sol
voltarão de novo
a dar asas às palavras

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