9 de maio de 2004

a palavra «azul»
não torna o arco-íris mais perene

a palavra «amanhã»
não torna a noite menos escura

a palavra «água»
não torna a sede mais suportável

a palavra «amor»
não torna a morte menos brutal

«azul», «amanhã», «água», «amor»
não são mais do que palavras

mas as palavras são o fermento do poema

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