3 de março de 2013

A Primavera da liberdade

FOTO: Carlos Fernandes

O Inverno vem e vai, umas vezes mais ameno, outras vezes inclemente. As árvores fazem o que podem para resistir aos seus humores. Suspendem o ciclo vegetativo e despojam-se das folhas que as vestem. Açoitadas pelo vento, não têm outro remédio se não vergar-se. E por vezes quebram…
Assim o povo, perante um governo despótico. Durante um tempo, também ele se despoja, também ele se verga, também ele quebra. Mas tal como as árvores, também ele sonha com a Primavera. E há um dia em que, de flores em punho (ou bordões, ou espingardas…), faz com que a liberdade aconteça.

2 de Março de 2013
(O dia em que o povo, mais uma vez, saiu à rua)

3 comentários:

  1. Ainda bem que depois de todos os invernos as Primaveras se repetem ne poeta. É preciso acreditar no sonho quantas vezes for preciso.
    Ótimo texto e uma imagem belíssima. Bom domingo. Abraços

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  2. Não me canso de ler tão lindo e magistral texto.
    Um grande abraço.

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