2 de abril de 2005

à espera da Primavera

Há uma expressão contida no corpo amputado pela intransigência da poda. Uma expectativa. A árvore aguarda pacientemente que o ímpeto primaveril desperte o cimélio que se oculta no mais recôndito do cerne. E um dia, então, o vigor da seiva revelar-se-á numa explosão de pétalas, saudando o ansiado afago das águas de Abril.

tesouro escondido
no mais profundo do cerne
- à espera do sol -

a árvore tem como certo
o sopro da Primavera

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