19 de agosto de 2009

Traço de união


FOTO: Carlos Fernandes

Há momentos em que os limites físicos da casa são incapazes de conter o transbordante turbilhão da poesia. Dir-se-ia que um animal acossado, a quem falta o ar, subjugado num estreito reduto, eclode na metamorfose das sombras. Para lá da opacidade das paredes, procura alento na vastidão do horizonte, numa ânsia indubitável de desafogo. E, num salto, lança-se na lonjura das cordilheiras, a construir pontes sobre o vazio fundeado no âmago das multidões.

Ergue-se uma ponte
Entre o meu e o teu olhar
- Fugaz turbilhão

Num sorriso caloroso
Feito traço de união

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