27 de março de 2004


como as ervas daninhas
me agarro às pedras
deste sinuoso caminho

à míngua de água fresca
enterro as raízes
no sedimento rugoso

as parcas sementes
disperso à toa
numa ilusão de infinito

mas os meus olhos
vão nas asas que não tenho
e no voo que nunca farei

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