Da tradição poética oriental recolhi as influências, necessariamente contaminadas pelo contexto cultural que me rodeia. E assim se desfia este «diário poético», feito com as miudezas do dia a dia. [Esta página é redigida em total desprezo pelo actual (des)acordo ortográfico]
26 de fevereiro de 2006
bailarico estremenho
FOTO: Carlos Fernandes
A alegria permanece no âmago da gente, silenciosa e queda como um animal em hibernação. Mas de vez em quando é preciso esquecer mágoas e canseiras. O riso vem ao de cima e toma conta dos rostos cismáticos e frios, fazendo-os vibrar como as cordas de uma viola. Surge das entranhas e apodera-se do peito, das pernas e dos braços, activando-os numa explosão vital. E nas gargantas se ateia o canto e os corpos irrompem numa dança enérgica, trazendo do fundo dos tempos os ritmos e as melodias do bailarico dos nossos avós.
há festa na eira -
valseiam os bailadores
ao som da tocata
dando asas à alegria
contra mágoas e canseiras
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário